segunda-feira, 24 de setembro de 2012


Produção de carne de frango vai encolher no país em 2012



Produção de carne de frango vai encolher no país em 2012


Segundo Francisco Turra, exportações também recuarão cerca de 10% no ano
A crise enfrentada pela avicultura brasileira devido à escassez de oferta de grãos, à disparada nos preços de milho e soja e à falta de crédito para produtores e indústrias deverá provocar em 2012 a primeira queda da produção do segmento pelo menos desde 2000. 

Segundo o presidente da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra, o volume deverá ficar 1 milhão de toneladas abaixo das 13,1 milhões de toneladas de carne de frango produzidas em 2011. As exportações também deverão cair, 10%, na primeira retração desde 2006, acrescentou o dirigente, que fez palestra ontem na Federação das Associações Comerciais do Rio Grande do Sul (Federasul).

Ressaltando que não prega restrições às exportações de milho, Turra disse que o país poderá ter de estabelecer alguma "regulação" sobre os embarques do grão - que compõe dois terços da ração usada na alimentação das aves - para "manter a indústria funcionando e preservar empregos", numa referência às mais de 5,7 mil demissões registradas no segmento nos últimos quatro meses. Segundo ele, a desoneração da folha de pagamentos estendida para o ramo na semana passada "ajuda", mas a "sobrevivência" dos frigoríficos depende de ração e crédito.

Provocada pela quebra da safra americana, a corrida de importadores pelo milho brasileiro deve reduzir os estoques de passagem no país a 4,4 milhões de toneladas no início de 2013, um nível "perigoso" em comparação com as 14,2 milhões de toneladas do começo de 2012, disse Turra. Por conta disto, o Ministério da Agricultura e a Conab já começaram a "monitorar" os embarques de milho e também de soja, explicou.

Para o presidente da Ubabef, o sinal vermelho acendeu em agosto, quando as vendas externas de milho cresceram 81,1% sobre o mesmo mês de 2011, para quase 2,8 milhões de toneladas. Depois disso, as exportações já atingiram 1,5 milhão de toneladas nas duas primeiras semanas de setembro e deverão manter uma média mensal de 3,8 milhões no quarto trimestre, prevê o dirigente.

Com a demanda externa aquecida, Turra reforçou o pedido para que o governo amplie os leilões de Prêmio de Escoamento da Produção (PEP) para levar o milho do Centro-Oeste até a região Sul, que foi mais atingida pela estiagem na última safra e onde se concentra a maior parte da indústria avícola brasileira. "Se não houver agilidade o destino deste milho será o porto".

Outra reivindicação do segmento é pela liberação de crédito para capital de giro para pequenas e médias empresas, que enfrentam dificuldades para financiar a aquisição de insumos, além da extensão, para os criadores integrados, da prorrogação dos empréstimos concedidos aos não integrados pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Segundo Turra, a exclusão dos produtores vinculados às indústrias, que representam 90% do segmento no país, foi um "equívoco" e deve ser corrigido.

Conforme o presidente da Ubabef, sem apoio oficial o milho que custa R$ 18 a saca no Centro-Oeste chega ao Sul entre R$ 32 e R$ 34, o que representa uma alta de 44% desde o início do ano. No caso do farelo de soja, os preços passaram de R$ 600 para quase R$ 1,4 mil a tonelada no período. Segundo ele, pelo menos 18 empresas da área no país estão "em situação de dificuldade", incluindo a paranaense Diplomata, que já pediu recuperação judicial.

Além disto, de acordo com Turra, com os custos em alta os preços da carne de frango no mercado interno já subiram 25% desde janeiro e deverão ser elevados em mais 10% a 15% até o fim do ano. O mesmo vale para o preço médio dos produtos exportados, que foi de US$ 1,9 mil a tonelada em agosto, mas deve chegar à faixa dos US$ 2,2 mil em dezembro, influenciado pela redução da oferta dos Estados Unidos, o maior concorrente do Brasil no mercado externo.

Com isso, apesar da queda projetada de 10% no volume das exportações brasileiras neste ano em comparação com as 3,9 milhões de toneladas de 2011, a retração nas receitas deverá ser de 7% ante os US$ 8,2 bilhões de 2011. De janeiro a agosto, o volume cresceu 0,94%, para 2,6 milhões de toneladas. Se o recuo das vendas físicas ao exterior se confirmar no acumulado do ano, será a primeira queda desde 2006, quando o surto de gripe aviária reduziu o consumo mundial do produto.


Valor Online - Ricardo Cassiano


Volta das chuvas reanima início do plantio de grãos

A chuva que começou a cair há dois dias no Paraná trouxe alívio aos produtores de grãos, que aguardavam ansiosamente o retorno da umidade para acelerar o plantio. A semeadura de soja está oficialmente liberada desde ontem, mas a de milho já tinha sinal verde desde o fim de agosto. Entretanto, como em muitas regiões não caía uma gota do céu há mais de 60 dias, o início dos trabalhos estava em suspenso.

Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura do Paraná, cerca de 10% da área que será destinada ao milho nesta safra 2012/13 já foi semeada. O número está bem aquém dos 30% que já haviam sido plantados no mesmo período do ano passado, quando estava em jogo a semeadura do ciclo 2011/12, e dos 21% da média das últimas três safras.

"Não há mais condições ideais de plantio, mas também é cedo para falar em quebras. Em um primeiro momento, a preocupação é com perda de produtividade", avalia Marcelo Garrido, economista do Deral. Segundo ele, os agricultores preferem apertar o passo para reduzir os riscos na safra de inverno - que, iniciada mais cedo, minimiza a exposição das lavouras às geadas.

Em Ponta Grossa, cidade que deve responder pela maior área cultivada de milho no Paraná, a semeadura está praticamente na estaca zero. "Alguns se arriscaram a plantar quando veio uma chuva dias atrás, mas já dizendo que, se o milho não vingasse, plantariam feijão em cima", conta Gustavo Ribas Neto, presidente do sindicato rural local.

Os mapas climáticos indicam precipitações para esta semana, ainda que localizadas, o que deve animar os produtores a iniciar os trabalhos com mais firmeza. Por ora, as previsões apontam chuvas mais abundantes apenas entre o final de setembro e início de outubro. "Com a umidade se estabelecendo, mesmo de forma incipiente, o agricultor não vai perder tempo, porque tem um zoneamento a cumprir e insumos já comprados", afirma Garrido.

O Deral estima uma área de 850 mil hectares para o milho no Paraná, queda de 13% ante o ciclo anterior, e uma safra 4% maior, de 6,83 milhões de toneladas.

Em Mato Grosso, onde temia-se que o tempo seco pudesse postegar o plantio de soja, voltou a chover no início da semana em importantes municípios produtores, como Primavera do Leste, Rondonópolis, Sorriso e Campo Verde - neste último já existem, inclusive, relatos de que o plantio já começou. A projeção do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) é que o Estado produza 24,1 milhões de toneladas de soja em 2012/13, alta de 13% ante o ciclo passado, em uma área 11% superior, de 7,9 milhões de hectares.

Ainda que haja atraso no início da safra, os produtores esperam que possíveis perdas de rendimento sejam compensadas pelos preços no mercado internacional, que seguem em níveis excelentes, favorecidos pela quebra causada pela seca nos EUA. Ontem, na bolsa de Chicago, os contratos de soja para janeiro (que ocupam a segunda posição de entrega, normalmente a de maior liquidez) sofreram uma realização de lucros e recuaram 3% (51,50 centavos), a US$ 16,1775 por bushel. Os papéis de milho para março caíram 1,21% (9,25 centavos), a US$ 7,4950 por bushel.


Autor(es): Por Mariana Caetano | De São Paulo
Valor Econômico

Seca afeta preços da carne bovina e do leite

Consumidor pagará cerca de 5% a mais por alimentos que dependem de pastagens viçosas.
A escassez de pastagem provocada pela estiagem dos últimos dois meses chegou ao supermercado e elevou os preços das carnes bovinas em 4% neste mês no Paraná. O mesmo efeito tende a ocorrer sobre o leite, diante da queda de até 40% no rendimento das vacas que dependem da alimentação verde, informa o setor. As chuvas que ocorreram nos últimos dias foram insuficientes para regiões fortes na pecuária, como a de Ponta Grossa, que teve 66 dias de sol, recebeu um terço da chuva esperada e terá de aguardar ao menos mais uma semana por alterações.

A variação dos preços pagos pelo consumidor final é similar à alta das cotações do boi em pé, mostram as pesquisas permanentes das cotações rurais e das praticadas no varejo realizadas pela Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab). Os bois de corte estão demorando mais para atingir o peso esperado pelos pecuaristas, o que reduz a entrada de animais nos frigoríficos, avalia o veterinário da Seab Fábio Mezzadri. A arroba chegou ontem a R$ 98 em Londrina e a R$ 95 na média estadual - 6% sobre o valor de agosto.

R$ 95 por arroba de boi em pé eram pagos ontem no Paraná, R$ 5 a mais que em agosto. Nos supermercados, preços aumentaram 4%. Já o litro de leite vendo sendo recebido a R$ 0,80 pelos pecuaristas do Paraná, sem aumento expressivo neste ano. A oferta em queda sinaliza para um reajuste de 6%.

A pecuária leiteira das regiões menos tecnificadas também sente o aperto nas contas por causa do pasto seco. O volume de leite necessário para a compra de uma tonelada de farelo de soja passou da casa de 700 para a 1.200 litros no último ano, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP.

O preço do leite ao consumidor tende a aumentar 6% nas próximas semanas, aponta Ricardo Bastos, que monitora o setor e é presidente da Comissão Técnica de Pecuária de Leite da Federação da Agricultura, Pecuária e Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Faerj). Os produtores do Paraná estão recebendo perto de R$ 0,80 por litro desde o início do ano.

As elevações próximas de 5% nos preços dos produtos bovinos - que deveriam estar caindo pelo costumeiro aumento da oferta registrado no fim do inverno - somam-se aos reajustes de até 15% nas carnes de suínos e aves verificados nos últimos três meses. Como se sustentam em boa medida nas altas das cotações dos grãos, esses patamares tendem a se manter até janeiro do ano que vem, quando começa a entrar no mercado a safra sul-americana.

Amortecedor

A influência da seca nos preços dos alimentos vem sendo amortecida pela especialização do campo, no caso da pecuária leiteira do Paraná. As propriedades que usam alimentação concentrada não dependem tanto de pastagem e são responsáveis por uma parcela cada vez maior da produção, aponta estudo do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). Os pecuaristas estão usando alimentação que armazenaram antes da seca, o que garante oferta equilibrada e adia reajustes.

"Entre os pecuaristas do estado, apenas 6% alcançam mais de 250 litros por dia. Porém, esse grupo mais tecnificado, que faz uso de alimentação estocada, é responsável por 42% da produção, e contribui para manter os preços", analisa Mezzadri, com base na pesquisa do Ipardes. As fazendas de leite mais tecnificadas do Paraná concentram-se nos Campos Gerais. No Oeste e no Sudoeste, que lideram em volume, as unidades produtivas são menores e dependem mais de pastagens.

Gazeta do Povo
Publicado em 21/09/2012 | José Rocher

segunda-feira, 17 de setembro de 2012


Paraná produz nova raça de gado para a pecuária de corte brasileira


Paraná produz nova raça de gado para a pecuária de corte brasileira

A região dos Campos Gerais, no Paraná, apresenta uma nova raça de gado para a pecuária de corte brasileira: o purunã, que leva sangue caracu, aberdeen angun, charolês e canchim.


Em 1980, quando o Instituo Agronômico do Paraná (Iapar) começou os trabalhos de cruzamento das raças já tradicionais na pecuária do sul do estado, não passava pela cabeça dos pesquisadores a criação de uma nova raça.



Nos anos 90, porém, o rumo dos trabalhos ganhou outras proporções. "Começava a entrar no Brasil a difusão e a utilização de raças compostas para a pecuária de corte", explica o zootecnista da Iapar, José Luís Moletta. Ele e o agrônomo Daniel Perotto são os responsáveis pela criação do purunã.

O purunã combina as características desejáveis das raças formadoras. "Ele tem o desenvolvimento muscular do charolê, ou seja, boa produção de carne; a resistência ao carrapato e a boa produção de leite do caracu, o tornando uma excelente raça materna; a rusticidade e a tolerância ao calor do canchim; e a qualidade da carne e a precocidade de abate do aberdeen angus", explica Daniel.


Partindo das raças formadoras, os pesquisadores estruturaram os cruzamentos até chegar ao purunã, a terceira geração dos animais mestiços, já com sangue das quatro raças originais. Na sua composição predominam as características do charolês, com 40%. O purunã foi batizado assim em homenagem a uma serra do Paraná, que tem o mesmo nome.



O técnico agrícola João Motta acompanha de perto os nascimentos dos purunãs na estação do Iapar: "A raça ainda não tem uma cor definida, já que ela é um composto vindo de quatro raças de cores diferentes. Eles nascem branco, vermelho, preto. Alguns são mais peludinhos. Por isso, um caminho que possivelmente nós vamos trabalhar no purunã é uma seleção, uma direção para pelagem mais definida. A tendência é chegar em um baio para branco".



Como o objetivo é a produção de carne, os pesquisadores mantêm em um barracão de confinamento, animais com idade entre dez e 15 meses, alimentados com silagem de milho, farelo de soja e sal mineralizado. "Hoje, eles ganham em torno de um quilo e meio por dia, um ótimo ganho de peso para animais dessa categoria", afirma José Luís.



Na condição a pasto, os tourinhos purunãs selecionados como reprodutores representam, aos 22 meses de idade, o que há de mais evoluído na genética da raça. "Esses animais têm apresentado média de 900 gramas por dia de ganho de peso, exclusivamente a pasto. Hoje, o rebanho de purunã no Brasil deve estar em torno de 1300 animais fora do Iapar", afirma José Luís.

Para que a raça seja reconhecida no Ministério da Agricultura, o purunã precisa marcar uma presença maior na pecuária de gado de corte nacional, seja aumentando o número de animais ou expandindo o plantel para outros estados.


Uma das últimas vendas de purunã feitas pelo Iapar foi entregue na propriedade do criador Paulo Camargo, no município de Candói. Ele comprou três touros da raça para cobrir seu rebanho de 140 matrizes de sangue azebuado.
Com a intenção de acelerar a produção de purunã na propriedade, Paulo também resolveu comprar 15 matrizes já prenhas e os primeiros resultados já começaram a nascer: dois machos e uma fêmea. "Investimos mais ou menos R$ 32 mil. Teremos o retorno do investimento nos touros já na próxima produção e das vacas daqui dois anos, quando estaremos vendendo pronto o touro purunã", afirma o produtor.



A maior parte dos criadores de purunã está na região oeste do Paraná. Por se tratar de uma raça nova, com poucos animais disponíveis, alguns pecuaristas estão manejando os cruzamentos na própria fazenda.



O veterinário Piotre Laginski vem trabalhando com a nova raça desde 2009. Sua família é dona de três fazendas na região e todas são voltadas para o desenvolvimento do purunã. Na sede de Catanduvas é feito o trabalho de inseminação artificial com sêmem de purunã. "Nós pegamos um plantel de novilhas puras canchim e introduzimos o purunã. Posteriormente, fazemos o repasse com touros purunãs. Nós temos nessa propriedade meio sangue, já promovendo com a inseminação para três quartos para chegarmos futuramente ao puro", explica.



Em Cascavel, na segunda propriedade de Piotre, é feito exclusivamente o trabalho de confinamento. São levados para lá os mestiços purunãs, que não servem para reprodução, e também alguns animais canchins, raça criada na fazenda há pelo menos 30 anos.



A 30 quilômetros do confinamento, fica a terceira propriedade do veterinário, onde ocorrem os nascimentos dos mestiços que vão dar origem aos animais puros. "No ano passado, nasceram 86 bezerros com sangue purunã. Este ano serão 116 e a partir do ano que vem 180. Em quatro ou cinco anos, teremos o primeiro purunã puro produzido aqui pelas nossas propriedades", prevê Piotre.

Nemana, durante a Exposição Agropecuária de Ponta Grossa será anunciada a liberação do Ministério da Agricultura para o certificado de identificação de produesta sção do purunã, passo importante para o reconhecimento da raça.

Fonte:g1.globo.com

Plantio de soja liberado

O vazio sanitário da soja, que vigora desde junho para prevenir a ocorrência de ferrugem asiática nas lavouras de verão, termina neste domingo no Paraná. O fim desse período em que a ordem é eliminar qualquer planta remanescente marca o início da safra da oleaginosa de 2012/13.

Nos últimos anos, apesar de o zoneamento agroclimático exigir uma espera maior, os produtores têm colocado as plantadeiras em campo logo depois do vazio sanitário, para antecipar a colheita e, na sequência, o cultivo do milho de inverno. Desta vez, porém, o clima é impeditivo, prolongando o tempo em que as terras ficam expostas ao sol. Não há previsão de chuva que permita o início do plantio até terça-feira em todo o estado.

Mesmo com esse vazio sanitário prolongado, há fortes razões para os produtores ficarem atentos à ferrugem asiática neste ano, afirma a agrônoma da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab) Maria Celeste Marcondes. "O inverno não teve período de geadas intensas, que eliminariam naturalmente a soja", pontua. Essas plantas potencializam o risco que o El Niño representa, com mais chuvas e temperaturas elevadas. A Seab apura nesta semana o número de áreas notificadas e multadas por apresentarem soja durante o vazio sanitário.

Fonte: Faep

Falta de chuva ameaça cultivo de grãos


Falta de chuva ameaça início do cultivo de grãos na safra de verão


A ameaça de um possível atraso do plantio de grãos nos Estados Unidos, apontada como oportunidade para que a produção agrícola do Brasil conquistasse parcela maior do mercado mundial, agora assusta os produtores brasileiros. O temor de falta de chuva tem se confirmado nas regiões produtoras do país e, com ele, a definição de um novo calendário para plantação e colheita das principais commodities.

No último boletim divulgado pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), os pesquisadores destacaram a grande preocupação dos produtores com a previsão de chuva para os próximos dias. As informações meteorológicas não sinalizam um cenário otimista. Pelas projeções trimestrais do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a frequência de chuva só deve ocorrer na segunda quinzena de outubro. Ainda assim, os mapas de clima e tempo mostram que a chuva estará concentrada na Região Sul, com ocorrência acima da média e, no caso da Região Norte, abaixo do esperado. "Os produtores precisam manter a atenção nos próximos meses por conta do possível estabelecimento do [fenômeno climático] El Niño. É fundamental para a agricultura, sobretudo para o sul do País. O que pode ocorrer é o fenômeno El Niño se estabelecer no [Oceano] Pacífico em setembro e outubro e o impacto desse fenômeno demora um tempo a aparecer. Isso vai fazer com que, mais para o fim do ano, chova mais no sul e menos no norte do País. No Brasil central, não há como dizer se vai causar impacto", explicou Ester Regina Ito, meteorologista do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec), vinculado ao Inpe.

A incerteza não predomina nas projeções do Imea. De acordo com o instituto, no Mato Grosso até o próximo dia 20 de setembro não existe possibilidade de chuva. Os pesquisadores destacam estimativas mais otimistas no caso dos Municípios de Campo Novo do Parecis, Rondonópolis e Sinop, mas admitem que "nenhum volume significativo para que ocorra a colheita foi visto até o fim de setembro. Caso se confirme, transfere o início do plantio de Mato Grosso para outubro".

O adiamento pode ter impacto na produtividade de soja e milho mato-grossense. Os cálculos da Associação de Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja) mostram que a média de produtividade do estado tem se mantido em torno de 50 sacas por hectare, como ocorreu na última safra (2011/2012), quando a produção do estado chegou a 21,3 milhões de toneladas de grãos. A expectativa era de que, para a safra 2012/2013, a produtividade chegasse a 51 sacas por hectare, principalmente em função do aumento da área plantada.

Fonte: Faep

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Redução de Juros


Governo reduz juros para 2,5% no financiamento de máquinas agrícolas
Medida do CMN vale até 31 de dezembro de 2012
O Conselho Monetário Nacional – CMN autorizou em 06 de setembro com a Resolução nº 4.132, a redução da taxa de juros das operações de investimento para aquisição de máquinas e implementos agrícolas.
A taxa de juros do Programa de Sustentação do Investimento – BNDES PSI passa a vigorar, ente 1º de setembro a 31 de dezembro, com o valor de 2,5% ao ano. A partir de janeiro de 2013 a taxa de juros sobe passando para 7,3% ao ano.
O BNDES PSI foi criado em 2009 com a finalidade de estimular a economia brasileira amenizando os efeitos da crise internacional. Este será a quarto período do Programa com a menor taxa de juros já obtida desde 2009.
A continuidade do Programa BNDES PSI, com o retorno a taxa de juros inicial do Programa, foram solicitações da FAEP nas Propostas para o Plano Agrícola e Pecuário 2012/13.
É importante lembrar que a operacionalização nos agentes financeiros depende ainda da edição de Carta Circular do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES para adequação dos sistemas nos bancos. A FAEP vai solicitar ao governo federal que estenda a medida para os contratos vigentes realizados antes de 1º de setembro no âmbito do BNDES PSI.


fonte:
Gabinete da Presidência 

Sindicato: junto com o Brasil da independência.



Em 7 de setembro de 1822, o Brasil livrou-se da condição de colônia, conquistando sua independência política. O movimento de independência foi o resultado de uma forte reação das camadas sociais mais abastadas, às pretensões e tentativas das Cortes de Lisboa de restabelecer o pacto colonial.
Comparando a independência do Brasil data marcante analisamos que o Sindicato Rural Patronal de Ubiratã fundado em 1987, junto com a brava gente também começou sua história, com uma conquista, um espaço, uma luta de grande responsabilidade. O sindicato dos sonhos dos agricultores que na busca de progresso realizou dia 02 de maio de 2007 sua reinauguração com novos diretores, novos colaboradores, novos ideais, este sim conseguiu novos empreendimentos e uma excelente estrutura. Com sede própria o sindicato começou a dar vida rumo ao desenvolvimento, por isso podemos comparar que este é o Brasil dos sonhos este é o sindicato contribuindo para progresso.
 O sindicato comemora também sua independência, livre para atender prontamente aos anseios dos agricultores, homem de fé, homem de luta, brava gente! Dia 07 de setembro a qual comemoramos o dia da independência do Brasil, não devemos esquecer das conquista que este país adquiriu e vem adquirindo a cada instante. É sim, um país nobre, respeitado mesmo pelas suas diversidades de raças, crenças e classe. Com intuito de independência, visualizamos que o sindicato vem trabalhando com metas, garantindo resultados sobre a medida de conquistas para nossa gente de personalidade simples  e honesta.
No entanto, faz bem lembrar que é com a participação de todos que somos capazes de fazer a história acontecer, realizando atividades relevantes, obtendo contato direto com os produtores rurais. Não há história sem a participação de nossa gente, não há participação que não leva as mudanças. O que seria de um Brasil sem um povo que luta, chora e vence?Neste sentido, o sindicato presa pelas pessoas que trabalham por transformação, por desenvolvimento, enfim por resultados gratificantes. É assim que fazemos do Brasil um país verdadeiramente independente justo e livre.

Parabéns brava gente!!!
Hino da Independência do Brasil

Já podeis da Pátria filhos,
Ver contente a mãe gentil;
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil
Já raiou a liberdade,
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil;
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.
Os grilhões que nos forjava
Da perfídia astuto ardil,
Houve mão mais poderosa,
Zombou deles o Brasil;
Houve mão mais poderosa
Houve mão mais poderosa
Zombou deles o Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil;
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.
Não temais ímpias falanges
Que apresentam face hostil;
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil;
Vossos peitos, vossos braços
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil;
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.
Parabéns, ó brasileiros!
Já, com garbo varonil.
Do universo entre as nações
Resplandece a do Brasil;
Do universo entre as nações
Do universo entre as nações
Resplandece a do Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil
Ou ficar a Pátria livre
Ou morrer pelo Brasil;
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.
























quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Soja não é vetor relevante no desflorestamento


 O relatório revela mais uma vez que a soja não é um vetor relevante no desflorestamento do bioma Amazônia. A partir do monitoramento com o uso de imagens de satélites dos desflorestamentos realizados desde o início da Moratória da Soja, em 2006, para detecção de possível cultivo de soja e posterior validação por meio de sobrevoo, identificou-se a presença de soja em 18.410 hectares (ha) desflorestados. No período avaliado (2006-2011), foram desflorestados 4,51 milhões de ha em todo o bioma Amazônia, dos quais 3,47 milhões de ha (77%) se encontram nos três estados monitorados – Mato Grosso, Pará e Rondônia. Os 58 municípios monitorados são bem representativos, pois respondem por 98% da área plantada com soja no bioma Amazônia.

De acordo com o relatório, a área de soja corresponde a 0,41% de todo o desflorestamento, ou 0,53% do total aberto nos três estados produtores de soja.

Compromisso cumprido - A Moratória da Soja completou cinco anos de trabalho árduo pela conciliação entre a produção de alimentos e a conservação do meio ambiente. As indústrias e os exportadores associados à ABIOVE e à ANEC – Associação Nacional dos Exportadores de Cereais cumpriram por mais um ano o compromisso de não adquirir soja oriunda de áreas desflorestadas no bioma Amazônia. As empresas participantes da Moratória são auditadas anualmente sob a supervisão das organizações da sociedade civil para comprovarem que honraram o compromisso.

5 anos de parceria com a sociedade civil - O Grupo de Trabalho da Soja (GTS), formado originalmente pela ABIOVE e ANEC, empresas associadas a essas duas entidades e por organizações da sociedade civil - Conservação Internacional, Greenpeace, IPAM, TNC e WWF-Brasil -, conquistou a adesão do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e do Banco do Brasil ao longo do processo.

O GTS ganhou uma importante contribuição técnico-científica com a participação do INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, para detectar a presença de culturas agrícolas em áreas desflorestadas a partir da interpretação de imagens de satélites.

As informações utilizadas no monitoramento tiveram como contribuição, também, as bases de dados da FUNAI, do IBAMA, IBGE e IMAZON.

Sobrevoos e identificação de áreas pré-selecionadas - A empresa Geoambiente Sensoriamento Remoto Ltda. foi contratada para sobrevoar e identificar as áreas selecionadas previamente pelo INPE. Para consolidar as informações do sobrevoo, também foram realizadas visitas a todas as propriedades rurais com presença de cultivo de soja
fonte: noticiasagricolas

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Soja derruba milho, arroz e feijão


Cotada à marca recorde de R$ 75 por saca, a soja vai puxar a expansão da área agrícola em 2012/13, mostram os primeiros levantamentos oficiais de Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul. Os três estados são responsáveis por dois terços da produção da oleaginosa e um terço do cultivo de milho de verão, que perde espaço mesmo numa época de preços recordes, quando atinge R$ 25/sc. Está previsto recuo também para o arroz e o feijão.
O Departamento de Eco­­nomia Rural (Deral) do Paraná divulgou ontem que a soja deve crescer 3,9% em área no estado, chegando a 4,57 milhões de hectares, a maior área já registrada. Com isso, tem potencial para 14,99 milhões de toneladas (38,50% a mais que em 2011/12). O El Niño afasta o risco de seca, que derrubou a produção a 10,8 milhões de toneladas na safra passada.

PR pode chegar a 35 milhões de toneladas
Da Redação
A área dos grãos deve se manter em 5,67 milhões de hectares nesta safra de verão no Paraná, mas a recuperação da produtividade – promessa do clima favorável – permitirá ao estado passar de 31,6 milhões para 35 milhões de toneladas na temporada 2012/13, avalia o secretário estadual da Agricultura, Norberto Ortigara. Ele considera que o ano 2011/12 foi fortemente impactado pelas secas e que a expansão da soja sobre as demais culturas está confirmada. A aposta de 35 milhões de toneladas toma como base uma safra de inverno com volume idêntico ao da última temporada.
Com a promessa de chuva do El Niño, o plantio deve ser antecipado. A semeadura do milho de verão está prestes a começar. Em relação à soja, o governo do estado espera que os agricultores coloquem as máquinas no campo daqui a 11 dias, quando termina o vazio sanitário da ferrugem asiática.
Em Mato Grosso, os produtores também manifestam pressa, para antecipar a colheita da soja. Eles querem aproveitar os preços da boca da safra e plantar milho de inverno logo em seguida.
Além da preocupação sanitária relacionada à antecipação do cultivo da oleaginosa, a Associação dos Produtores de Soja e Milho do estado (Aprosoja) pede que o setor não use semente RR2 Intacta, que ainda não foi aprovada pela China. Se o grão for misturado à soja RR tradicional, poderá bloquear as exportações.
O milho terá queda de 13,1% na área de cultivo paranaense, para 851,91 mil hectares. A produção esperada é de 6,83 milhões de toneladas (+4,4%, após um ano de seca). Deve haver recuo também no feijão das águas. A área cai 12,2% (para 217,31 mil hectares), mas a produção passa de 341,6 mil para 378,4 mil toneladas (8,8%).
Se o clima cooperar, a soja pode atingir 15,3 milhões de toneladas, avaliou o secretário da Agricultura do Paraná, Norberto Ortigara. “Felizmente os preços do milho aumentaram na reta final. Do contrário, muitos produtores iriam fazer a bobagem técnica de suspender a rotação de culturas.”
A maior expansão da soja ocorre em Mato Grosso. O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) vem confirmando em levantamentos semanais que a intenção de plantio de soja chega perto de 7,9 milhões de hectares, com expansão que se aproxima de 12%. O estado do Centro-Oeste espera colher mais de 24 milhões de toneladas do grão, deixando para apostar no milho no próximo inverno.

Cursos programados para setembro / 2012 no Sindicato Rural Patronal de Ubiratã:




Município
Local do Curso
Início
Fim

   
Ubiratã
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segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Secretaria da Agricultura/PR busca soluções para conter crise na avicultura



O Paraná vai encaminhar ao governo federal propostas para amenizar a crise no setor da avicultura. O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, reuniu na sexta-feira (31-08) representantes da cadeia produtiva da avicultura e das principais instituições bancárias para discutir soluções e alternativas para o endividamento que ameaça produtores e empresas integradoras.

A produção paranaense de aves, que era de 120 milhões a 125 milhões de cabeças, foi reduzida para 110 milhões de cabeças por mês. O setor envolve 42 empresas integradas e 18 mil avicultores em todo o Estado e gera 550 mil empregos diretos e indiretos. O problema pode colocar em risco o modelo de integração adotado no Estado e comprometer a renda em centenas de municípios.

A crise na avicultura ganhou maior proporção após o aumento dos custos de produção, causado basicamente pelos preços do milho e da soja, que compõem a ração animal. Essa alta é resultado da seca que dizimou praticamente metade da produção de grãos dos Estados Unidos e vem após uma seca que também reduziu o volume da produção de grãos na América do Sul, incluindo o sul do Brasil.

PROPOSTAS – Conforme orientação de Ortigara, foi constituído um grupo de trabalho que irá detalhar as propostas que serão encaminhadas pela secretaria ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O secretário irá solicitar reunião em Brasília, junto com as principais lideranças da avicultura, para pedir linha de crédito especial para a avicultura, sobretudo para as empresas que mantiverem o modelo de integração.

Entre as propostas que serão apresentadas ao governo federal está a criação de um Prêmio de Escoamento da Produção (PEP) do milho para a agroindústria integradora. Com esse mecanismo, é possível trazer milho de grandes regiões produtoras no Centro-Oeste do País para a região Sul, especialmente para os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina onde estão os tradicionais importadores de milho do Paraná. O objetivo dessa remoção é reduzir a pressão de demanda e preços do grão na região Sul.

A proposta foi bem recebida pelo presidente do Sindiavipar, Domingos Martins. Segundo ele, o setor da avicultura é o mais organizado e competente no Paraná, vinha crescendo a níveis chineses e ajudou a puxar o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e do Paraná com as exportações realizadas nos últimos anos. “Onde há avicultura, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é alto”, comentou Martins.

PRODUÇÃO – O Paraná é líder na produção de frangos e as empresas paranaenses estão sentindo com mais intensidade essa pressão. Desde o início do ano, o preço da soja já subiu 100% e do milho, 43%. “Não há como repassar esses custos para o consumidor”, afirmou Martins.

Ele informou que as indústrias conseguiram repassar 18% de aumento para o custo do frango e derivados e lamentou que o setor varejista, sabendo da pressão de custos, subiu o preço dos produtos entre 30% a 40%, o que faz recuar o consumo. “Com dificuldades para exportar em consequência da crise financeira mundial e com o consumo em baixa no mercado interno, não estamos conseguindo superar essa fase crítica da crise”, declarou.

O setor cooperativista também manifestou preocupação com os rumos da integração, na qual muitas cooperativas atuam. Segundo o representante da Organização das Cooperativas do Paraná, Flávio Turra, os custos de produção do frango subiram 35%, o que provocou uma defasagem de 15% entre os custos das empresas integradoras e os preços praticados para o mercado varejista.

“Essa situação levou a empresa integradora a gastar seu capital de giro com o custo da ração e hoje ela está sem fôlego financeiro para manter o repasse de alimentação para os produtores integrados”, explicou Domingos Martins. Segundo o empresário, a ração que era comprada a prazo agora tem que ser paga à vista e as integradoras estão sem capital de giro, quadro que intensifica a crise do setor. Além disso, Martins disse que as empresas integradoras já reduziram os alojamentos de pintainhos em 10%.

INVESTIMENTOS – Segundo o assessor da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Carlos Augusto Albuquerque, a preocupação é com o produtor integrado. De acordo com ele, muitos fizeram investimentos em suas propriedades e não estão recebendo os lotes para a engorda. Em alguns casos, as indústrias suspenderam o repasse de pintainhos e em outros, suspenderam o repasse de alimentação, situação que está prejudicando o setor.

“Muitos produtores fizeram financiamentos para implantar ou modernizar suas granjas e agora estão com dívidas e não recebem os lotes ou os pagamentos por eles”, disse Albuquerque. “Como resolver esses problemas”, indagou.

Os representantes do setor bancário acenaram com a possibilidade de prorrogação das dívidas e apoio financeiro para aquisição de ativos das empresas que queiram interromper suas atividades, mediante a apresentação de diagnósticos e criação de linhas de crédito por parte do governo federal.

Participaram da reunião representantes do Sindiavipar, da Ocepar, Faep, do Banco do Brasil, BRDE, Bradesco e Banco Itaú.

Fonte: Agência Est. de Notícias do PR