terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Micheletto morre em acidente de trânsito

            
Vítima de acidente de trânsito na PR-239, na altura do quilômetro 588, faleceu na tarde de ontem (30), às 16, o Presidente do Sindicato Rural Patronal de Assis Chateuabriand,Vice - presidente da FAep o deputado Moacir Micheletto (PMDB-PR). O corpo do parlamentar será velado até às 17h de hoje (terça-feira) no salão paroquial Nossa Senhora do Carmo, em Assis Chateaubriand, onde morava. O sepultamento ocorrerá hoje  às 17h30, em Toledo.  Ele  deixa esposa Diolinda Salete (56 anos) e três filhos, Marcel Henrique (32 anos), Leonardo Augusto 27 anos) e Ana Letícia (25 anos).
Filiado ao PMDB desde 1982, exercia o sexto mandado, firmando-se como referência política, ética e profissional.  Desempenhou diversas funções e cargos, sempre lutando pelo fortalecimento da agricultura brasileira e paranaense. Foi um intransigente defensor da triticultura e da modernização da legislação florestal brasileira. Micheletto teve atuação marcante como presidente da comissão especial para a reforma do Código Florestal Brasileiro.
CURRÍCULO DO DEPUTADO MOACIR MICHELTTO

Moacir Micheletto nasceu em Xanxêre SC, em 1942. Formado Agronomia, pela Universidade Passo Fundo RS, em 1972, chegou ao Oeste do Paraná em 1968, indo residir em Toledo. Sendo o primeiro engenheiro agrônomo na região, Micheletto foi morar na cidade de Assis Chateaubriand em 1973, onde por 26 anos pôde desempenhar diversas funções em prol da agricultura brasileira e da população paranaense.

Antes mesmo de ingressar na vida pública, a partir de 1991, participou da vida política partidária no início dos anos 70. E na legislatura 91/94 assumiu o mandato de deputado federal. Desde então, o povo paranaense o elege, sempre com uma votação crescente.

fonte Boletim faep




Reunião em Assis Cateaubriand dezembro 2011-  NURESPOP

representantes dos sindicatos Juranda-Campina da Lagoa e Ubiratã na reuniãoNURESPOP

participantes do encontro NURESPOP

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Soja: Confira acompanhamento do mercado

Apesar da chuva dos últimos dias ter aliviado a situação das lavouras de soja no Sul do país, principalmente no Paraná e no Rio Grande do Sul. as perdas causadas pela estiagem, em muitos casos, são irreversíveis.

Em alguns municípios do Paraná, a produtividade da oleaginosa foi drasticamente reduzida. Em Ivatuba, na propriedade de Otávio Perin Filho, o rendimento das plantações baixou 20%, passando de 65 para 20 sacas por hectare. "Nós temos que torcer para que possa dar um enchimento bom e que isso corresponda com um prejuízo menor", diz.

A Secretaria de Agricultura paranaense estima uma perda de 10% na produção de soja do estado, que inicialmente foi estimada em 14,15 milhões de toneladas, por conta da seca.

"É possível acompanhar na lavoura a consequência da estiagem. Na mesma lavoura nós temos vagens com grãos grandes e nós temos vagens com grãos que não encheram. Com isso, a produtividade vai cair, o rendimento do produtor diminui e a região perde. A seca traz estragos a grande prazo”, diz Paulo Milagres, agrônomo da Emater.

No Rio Grande do Sul, o acumulado de chuvas do final de semana - entre cidades do centro e do norte gaúcho - parece ter renovado a esperança dos agricultores. As precipitações começaram na última sexta-feira (20) e se estenderam por sábado e domingo, dia em que foram registrados 40 mm.

O que se espera agora é que essa umidade possa aliviar o estresse pelo qual passam as lavouras de soja, que se encontram em fase de floração - período em que a água é mais importante. Já para o milho, a água veio tarde e as lavouras prejudicadas não devem se recuperar.

“A planta de soja tem essa capacidade de se recuperar. Se ela está estabilizada, mas enraizando, o produtor tem ainda a possibilidade de conseguir uma produtividade”, explica o agrônomo Jorge Vargas.

Porém, as chuvas em abudância de chuvas não foi registrada em todo o estado. Em Tupanciretã choveu menos de 10 mmm e as perdas na cidade em função da estiagem já chegam a R$ 65 milhões.

Já no Mato do Grosso do Sul existem duas situações: para as plantas que estavam na fase de enchimento de grãos a chuva das últimas semanas não aliviaram as perdas, porém para aquelas que estavam na época do florescimento as chuvas foram importantes para ajudar no desenvolvimento da plantação.

No estado, as perdas estimadasm chegam a 40%, e a produtividade deve ficar entre 40 a 45 sacas por hectare.

fonte:Globo Rural.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Economia brasileira deve crescer 4,5% neste ano

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje (26) que em 2012 as vendas no varejo devem crescer no mesmo ritmo do ano passado, cerca de 8%, e o setor agrícola também deve ter um bom ano, mesmo se os preços das commodities caírem, afirmou o ministro. Ele disse também não saber se a inflação ficará no centro da meta neste ano, mas afirmou que ela está desacelerando em direção ao centro da meta, de 4,5%.
A política de manter os gastos públicos sob controle dará espaço para que o Banco Central reduza os juros, disse o ministro em entrevista coletiva. Segundo ele, o governo está trabalhando para manter estáveis as porções mais “rígidas” dos gastos – como salários, despesas com viagens e compras de equipamentos – para evitar cortes em programas sociais e permitir um aumento nos investimentos.
Mantega disse que o objetivo do governo é registrar um superávit primário equivalente a 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB) e que o dinheiro será utilizado para pagar as dívida do País. Ele acrescentou que a economia brasileira deve crescer 4,5% neste ano, puxada por investimentos do setor privado e pelo consumo.
A situação econômica internacional segue preocupante, disse Mantega, com problemas persistentes relacionados a dívidas soberanas e à turbulência do mercado. As informações são da Dow Jones.

Fonte: agencia noticia

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Soja deve alcançar os US$13,40/ bushel em Chicago até final de março, acredita operador

Em 2012, o mercado de grãos tende a se manter sustentado para alta diante da quebra de safra na América do Sul e da expectativa de demanda chinesa firme ao longo do ano. Para operador de mercado, Liones Severo, a cotação da soja deve alcançar o patamar dos US$13,40/ bushel em Chicago e o milho deve subir para  US$ 6,70/bushel até o final de março. De acordo com ele, os estoques são insuficientes para atender a demanda. 

A China está fora das compras nesta semana em função do feriado do Ano-Novo Lunar no país. Entretanto, dados comprovam que nos últimos três meses de 2011 a demanda se manteve aquecida, sendo que o país importou cerca de 15 milhões de toneladas de grãos no período. Se a tendência prevalecer, a média anual pode alcançar até 60 milhões de toneladas. "Eu diria um pouco menos, mas a importação com certeza será maior do que o ano que passou", enfatiza.

As perdas na produção sul-americana já alcançam 12 milhões de toneladas até o momento. Com a soma das 7 milhões de toneladas de quebra nos Estados Unidos, os preços têm suporte suficiente  para subir de forma expressiva. "Além do mais, nós estamos vivendo um ciclo de quatro anos e, desde 1972, esses ciclos perfomaram preços de excesso. Os últimos anos foram 2004 e 2008 e agora estamos 2012. Já estamos vivendo uma situação também de redução de suprimentos e isso com certeza vai elevar os preços de todas as commodities", afirma.


Fonte: Notícias Agrícolas

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Discurso do presidente da FAEP na abertura da Assembleia Geral

 

Íntegra do  discurso do presidente da Federação da Agricultura do Estado do Paraná ( FAEP), Ágide Meneguette na abertura da Assembleia Geral, nesta segunda-feira (23)


2011 foi o ano do Código Florestal, um assunto que se arrasta há uma década no Congresso Nacional, mas cujo desfecho ainda não ocorreu, infelizmente. Ficou para março, o que significa que ainda teremos um período de apreensões.
 O novo Código - se aprovado como está ou modificado pela Câmara Federal, e ainda assim sancionado pela presidente da República - pode não ser o dos nossos sonhos, mas o Código possível dentro da correlação de forças políticas e sociais envolvidas.
Na luta pela mudança do Código, gostaria de lembrar a ação importante do nosso sistema, com a participação ativa dos dirigentes sindicais.
Começamos com as grandes reuniões de Cascavel, Maringá, Pato Branco, Castro, Irati, Toledo, Guarapuava, Cornélio Procópio em 2010, com a participação de 25 mil produtores rurais e presença de vários parlamentares.
Quando da votação do substitutivo do deputado Aldo Rebelo, nosso sistema mobilizou mais de 4 mil lideranças e produtores numa grande manifestação em Brasília em frente ao Congresso Nacional, no mês de abril de 2011.
Durante a votação na Câmara Federal, em maio, lideranças sindicais acompanharam e participaram das negociações com os deputados federais e assistiram à grande vitória na aprovação do Código.
Para ajudar no convencimento de parlamentares e formadores de opinião, a FAEP elaborou documentos para demonstrar a necessidade premente de mudança do Código e as implicações negativas na produção agrícola da legislação em vigor.
Procedimento semelhante foi feito quando da votação do projeto do Código no Senado Federal, até a sua aprovação final no início de dezembro.
O projeto de lei retornou à Câmara e deverá ser apreciado em março com algumas mudanças para o seu aperfeiçoamento.
INFRAESTRUTURA
Um dos problemas com os quais a FAEP tem se preocupado permanentemente é o da infraestrutura pelo seu impacto na renda dos produtores rurais.
Para avaliar a importância da necessidade de investimentos no porto de Paranaguá, contratamos um estudo com a consultora Mendonça de Barros para dimensionar a quantidade futura de embarques de graneis. O objetivo foi mostrar ao governo a necessidade de investimentos para que o porto possa suportar a demanda.
Com o mesmo sentido de alertar as autoridades para a necessidade de intervenção, a FAEP contratou um estudo sobre tarifas rodoviárias e ferroviárias com a consultora Esalq-Log, ligada à Escola Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo.
Este estudo revelou que as tarifas ferroviárias, conjugadas com o custo de deslocamento rodoviário até os terminais, são  mais cara que o frete rodoviário, o que é um contrassenso.
Estes dois estudos foram apresentados no Fórum de Logística  do Agronegócio Paranaense, promovido pela FAEP em novembro, com a participação dos secretário da Infraestrutura, da Agricultura e do Planejamento.
AÇÃO JUNTO AOS GOVERNOS
Seria cansativo mencionar todas as ações da FAEP durante o ano passado, muitas das quais as lideranças participaram e que estão  no relatório encaminhado.
Contudo é interessante registrar nossa pressão para restabelecer os valores dos subsídios aos prêmios do seguro rural no orçamento da União, que surtiu resultado parcial mas que, com estudo que será realizado neste início do ano, nos dará oportunidade de obter novos recursos:
- a conquista de um novo prazo para a realização do georreferenciamento em propriedades com menos de 500 hectares, com a FAEP mostrando a inviabilidade da medida em tão curto prazo, sem que o próprio INCRA tivesse condições de fazer a sua parte:

- a inclusão de todos os produtores rurais - e não apenas os de alimentos - como favorecidos na isenção fiscal na tarifa de energia elétrica, com a mudança da Resolução da ANEEL.
- Dentre tantas outras.
SENAR PARANÁ
Amanhã nos vamos ter a oportunidade de discutir a parceria dos sindicatos rurais com o Senar Paraná.
Tenho a certeza que o Senar tem sido um instrumento poderoso  para firmar o prestígio dos sindicatos rurais, através dos cursos de realiza em todo o interior do estado.
Gostaria de salientar alguns pontos importantes na ação do Senar nestes anos, para demonstrar a sua magnitude e impacto na economia rural paranaense.
Próximo de completar 20 anos de existência, o que se dará em 18 de novembro deste ano, por força do ato de sua constituição, o Senar Paraná já entregou 1 milhão e 100 certificados a participantes de cursos de formação profissional, desde os mais simples até os que demandam 400 horas e nível superior.
Claro que não foram 1 milhão e 100 mil pessoas, uma vez que várias delas fizeram dois ou mais cursos. A estimativa, contudo, é que mais de 700 mil trabalhadores e produtores rurais passaram por algum curso do Senar, em todos os 399 municípios do Paraná.
Só no ano passado, foram 6.900 cursos de formação profissional  e 177 mil participantes. Foram 2.360 cursos de promoção social - panificação, artesanatos, embutidos, família e qualidade de vida - com 40 mil participantes.
A imensa maioria, cursos realizados em parceria com os sindicatos rurais.
Dos cursos especiais, o Empreendedor - uma parceria com o SEBRAE e com a Fetaep - participaram até hoje 18.200 trabalhadores e produtores rurais.
Do Jovem Agricultor Aprendiz,  18.500 jovens.
Do Mulher Atual - trabalhadoras, esposas e filhas de trabalhadores e produtores rurais - 10.800.
E esses três cursos que mencionei - o Empreendedor, o JAA e o Mulher Atual, tem mais de 80 horas.
E mais ainda: o Agrinho, que anualmente envolve mais de 1 milhão e 500 mil crianças e jovens de nossas escolas e mais de 50 mil professores.
NOSSAS PERSPECTIVAS
O que mais interessa não é o que passou, mas o que virá.
De um modo geral, a agropecuária não tem muito o se queixar nestes últimos tempos. Apesar da política cambial, da falta de infraestrutura e de diversos problemas não resolvidos e que continuam  prejudicando o setor, os preços foram razoavelmente bons.
A prova disso foram os espetaculares números obtidos pelo agronegócio nas exportações. O saldo líquido do agronegócio - isto é, exportações menos importações - alcançou, em 2011, a cifra de 75 bilhões de dólares. Vinte por cento a mais que no ano anterior.  
Esta performance é que garante a balança comercial do Brasil.
Contudo, o que é melhor, as perspectivas para a agropecuária e para o agronegócio nos próximos anos são bem interessantes.
Há atualmente uma preocupação quase "malthusiana" quanto à capacidade de produção de alimentos no mundo. Já somos 7 bilhões de bocas e há um acelerado movimento de urbanização no mundo inteiro exigindo mais comida e comida de melhor qualidade.
Países como China, com 1,3 bilhões de habitantes e índia quase chegando lá, não possuem áreas para aumentar a produção agropecuária. A Europa e os Estados Unidos,  idem.
As possibilidades de obtenção de novas áreas para a agricultura estão limitadas à África e à América Latina.
A África tem problemas sérios de tecnologia. É um continente extremamente atrasado e com divisões políticas e étnicas difíceis de serem resolvidas.
E na América Latina o Brasil é a grande esperança  para abastecer o   mundo de alimentos. Aqui ainda existem áreas ociosas que podem ser utilizadas sem agredir o meio ambiente.
Temos espaços, onde pode crescer uma agropecuária com o "estado da arte" da tecnologia atual. O que dirá  quando estiverem disponíveis novas tecnologias capazes de permitir um novo salto na produção, como foi a partir dos anos 1960 na Revolução Verde, uma vez que as tecnologias atuais estão no limite para novos ganhos de produtividade.
É possível, entretanto, aumentar a produção naqueles bolsões atrasados e em áreas degradadas, o que já  significará um grande aumento de produção.
Mas o que o mundo precisa é de uma nova era na teconologia, que talvez a engenharia genética possa nos dar em médio prazo.
Em todo o caso, o Brasil é a "bola da vez" e precisa aproveitar esta oportunidade principalmente no Centro/Oeste no Norte e no Nordeste onde ainda há disponibilidade de terras.
Mas, como o Paraná pode aproveitar esta oportunidade?
Nossa fronteira agrícola em termos espaciais está inteiramente ocupada. A única possibilidade é incorporar áreas ainda subutilizadas usando tecnologias modernas.
Para exemplificar: a média da produção de milho no Paraná está em 7 toneladas por hectare, lembrando que existem propriedades que alcançam 12 toneladas. Como média, significa que um grande número de propriedades está colhendo menos de 7 toneladas, mas que tem condições de aumentar substancialmente a sua produção se forem induzidas a utilizar novos métodos de plantio.
Igualmente, nossos índices de produtividade na pecuária bovina de corte e leite podem crescer substancialmente,
Contudo, há problemas para uma empreitada como esta: a nossa estrutura fundiária de pequenas e micro propriedades, que estão perdendo escala para suportar a produção de commodities como a soja, milho e trigo.
A solução para elas é a reconversão ou a utilização de um mix de atividades que garanta renda ao produtor e sua família.
Não por acaso o Paraná é um grande produtor de aves e suínos, além de leite. Ocorre que aqui é grande a produção de milho e soja, que servem como base da ração animal.
No caso paranaense os cuidados para concluir as cadeias produtivas, desde o seu início até a industrialização e a comercialização, parece ser a atitude mais sensata.
Em meados do ano passado o Governador Beto Richa assinou com várias entidades e instituições - inclusive a FAEP e o Senar - um convênio para uma ação conjugada. Foi uma inspirada ideia do secretário da Agricultura, Norberto Ortigara. O objetivo é trabalhar por cadeia, de forma  racional para evitar ações duplicadas e muitas vezes inconclusas. Participam deste esforço a Secretaria da Agricultura, através de seus organismos, o sistema FAEP/Senar, o Sebrae, a Ocepar/Sescoop, o Banco do Brasil e outras instituições que possam preencher lacunas no processo.
Trabalhar por projeto, de forma a não perder a racionalidade e procurar o melhor efeito de integração da cadeia e de renda dos seus agentes.
Na área rural aos poucos esta aliança toma corpo. Contudo ficam faltando alguns elos do processo que são dados pela industrialização e comercialização da produção agropecuária.
Foi para sanar esta lacuna que a  FAEP propôs ao governador Beto Richa a criação da Agência Paraná de Desenvolvimento, uma empresa prestadora de serviços para dar apoio e atrair investimentos industriais e de serviços necessário à oferta e modernização da produção agropecuária.
Vamos a um exemplo: uma região produtora de leite precisa de um suporte industrial que demande a sua produção a fim de produzir fabricar produtos de maior valor agregado. Cabe à agência procurar investidores - aqui no estado ou fora, até no exterior se for necessário.
Para que o investidor se sinta seguro, o sistema criado pelo convenio do Governo do Estado e liderado pela Secretaria da Agricultura vai promover a modernização da produção de leite, atuando junto ao produtor rural.
Trata-se, desta forma, de uma integração da cadeia na qual todos os seus elos devem ganhar, desde o produtor rural, a indústria, o consumidor e o próprio Governo com o incremento na arrecadação.
O Governador Beto Richa considerou que a idéia da criação da Agência de Desenvolvimento era tão boa que não quis limitá-la ao agronegócio, como sugerido inicialmente, mas expandi-la para todos os setores econômicos do Estado.
O projeto da agência foi aprovado pela Assembleia Legislativa em dezembro e a lei  sancionada pelo Governador.
Outra medida sugerida pela FAEP ao governador do Estado foi a criação, dia 19 de dezembro, da Agência de Defesa Sanitária, uma instituição mais flexível que o atual DEFIS da Secretaria da Agricultura, com mais técnicos e melhores salários.
Sem esta providência, as demais - o trabalho conjunto, a agência de Desenvolvimento - ficariam capengas. Não é possível ter produção agropecuária e nem a sua industrialização se não houver garantia sanitária do produto. Os consumidores, tanto internos quanto externos, estão cada vez mais exigentes e vigilantes.
É sempre didático lembrar os 5 bilhões de reais que produtores e indústrias perderam na ocorrência de febre aftosa em 2005 no Paraná. Aquele episódio nos mostrou que a fiscalização tem que ser enérgica e permanente. Basta um "cochilo" e o desastre acontece.
Até hoje, o Paraná não conseguiu reconquistar vários de seus mercados de carnes e agora precisa recuperar a sua credibilidade na sanidade animal.
É bem verdade que a participação dos estados na política agrícola é limitada. Crédito, câmbio, normas de exportação e importação, grande parte da infraestrutura cabem ao Governo Federal.
Mas as providências que o Governo do Paraná está tomando pode fazer a diferença a nosso favor. Uma ação proativa do estado, quer no apoio direto, quer providenciando a infraestrutura necessária, passa a ser fundamental como alavanca para nosso agronegócio.
A pesquisa também é fundamental para que o Paraná reduza a sua necessidade de importação de tecnologia externa e passe a desenvolvê-la aqui mesmo, atendendo suas condições objetivas.
Como podem perceber, o Paraná começa a se preparar para enfrentar os novos tempos e as oportunidades que se abrem. Temos que ser ousados.
O sistema sindical rural tem uma parcela importante neste processo. Temos que atuar politicamente junto aos governos do Estado e Federal, junto à Assembleia Legislativa e ao Congresso Nacional para que a modernização da agropecuária e do agronegócio seja uma realidade, sempre que for necessária a implantação de projetos ou de legislação.
Uma ação política não partidária, mas que resolva nossos interesses que na verdade são os interesses da nação.
Cada um de nós - lideranças rurais - deve ter a consciência de sua importância no processo, mantendo os contatos necessários com autoridades e parlamentares e mobilizando nossa gente.
Utilizando os cursos Senar como forma a obter o melhor dos recursos humanos de que dispomos sem o que nenhuma tecnologia poderá surtir os efeitos na produção e produtividade.
Tenho a certeza que a agropecuária e o agronegócio do Paraná tem um futuro promissor se realmente levarmos a sério o desafio.
Agradeço aos companheiros a participação nesta Assembleia e a dedicação que sempre demonstraram na defesa do produtor rural de nosso Estado.
Muito Obrigado ao nosso Governador Beto Richa e ao seu Secretário Norberto Ortigara pela visita que nos faz. Pelo prestigio que dão a esta nossa Assembleia numa prova eloquente que a agropecuárias e o agronegócio estão na prioridade deste Governo. .

Muito obrigado.


Fonte: Boletinfaep





terça-feira, 24 de janeiro de 2012

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Prazo para pagamento da Contribuição Sindical Rural segue até 31 de janeiro

O prazo para o pagamento da Guia de Recolhimento da Contribuição Sindical Rural, exercício 2012, termina no dia 31 de janeiro. Até essa data, os produtores que empreendem atividades econômicas enquadrados como empresários ou empregadores rurais terão que quitar suas guias de pagamento. Caso as guias não sejam quitadas, o produtor poderá sofrer com as multas previstas em lei.
São considerados pessoa jurídica os produtores rurais que possuem imóvel rural ou empreendem, a qualquer título, atividade econômica rural, enquadrados como “empresários” ou “empregadores rurais”. A contribuição é um tributo obrigatório, previsto na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), regulamentada pelo Decreto nº 1.166/1971.
As guias foram emitidas com base nas informações prestadas pelos contribuintes nas Declarações do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR, repassadas à CNA pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, com amparo no que estabelece o artigo 17 da Lei nº 9.393, de 19 de dezembro de 1.996.
O documento foi remetido, via postal, para os endereços indicados nas respectivas declarações. Em caso de perda, de extravio ou de não recebimento da guia de recolhimento, o contribuinte deverá emitir a segunda via pela internet, no site do Canal do Produtor.


fonte:canalprodutor

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Soja: Estoques elevados na temporada passada podem segurar exportações brasileiras

Os embarques brasileiros de soja do Brasil podem manter-se em patamares elevados nesta temporada, próximo ao recorde alcançado na última safra, estimam alguns analistas. De acordo com eles,  a oferta deve ganhar reforço dos estoques iniciais de pelo menos 3,5 milhões de toneladas, após a safra recorde de mais 75 milhões de toneladas do país no ano passado.

Entretanto, o clima deve ser o fator determinante para o desempenho das lavouras. A seca no sul do Brasil já provocou perdas em torno de 3 milhões de toneladas de soja na temporada 2011/12, de acordo com informações das secretarias de agricultura dos Estados sulistas. Por outro lado, houve aumento de área plantada em outras regiões que estão sendo beneficiadas com maiores volumes de chuvas.

De acordo com dados do USDA, o Brasil pode se tornar o maior exportador da oleaginosa no atual período, entretanto, as perdas sofridas no Sul ainda não foram contabilizadas.

As chuvas dos últimos dias estancaram as perdas nas safras do Paraná e Rio Grande do Sul, segundo e terceiro produtores de soja do Brasil. Porém, a meteorologia não prevê grandes volumes para as lavouras gaúchas para até o final do mês. Já o Paraná deve ter precipitações um pouco mais expressivas.

Dados da Abiove indicam que as exportações de soja do Brasil fecharão o ano industrial neste mês com embarques recordes de 33,2 milhões de toneladas, com os volumes em janeiro superando 1 milhão de toneladas, diante da forte demanda e com boa sobra da safra recorde.

A estimativa de aumento das importações chinesas feita pelo USDA e pela Consultoria Oil Word também deve aquecer as vendas brasileiras nesta temporada.

Fonte: Notícias Agrícolas

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Tabela da previdencia 2012

Portaria Interministerial MPS/MF 02 de 06/01/2012 – DOU de 09/01/2012)
A Portaria Interministerial MPS/MF 02/2012 estabelece, a partir de 01/01/2012, o valor mínimo de R$ 622,00 e o valor máximo de R$ 3.916,20 para o  salário-de-contribuição e o salário-de-benefício previdenciários. (Art. 2º)
A cota do salário-família por filho ou equiparado de qualquer condição, até 14 anos de idade, ou inválido de qualquer idade,  passa a ser: (Art. 4º)
ü R$ 31,22 para o segurado com remuneração mensal não superior a R$ 608,80;
ü R$ 22,00 para o segurado com remuneração mensal superior a R$ 608,80 e igual ou inferior a R$ 915,05.
A portaria estabelece também os novos valores de salário-de-contribuição para o INSS referente aos trabalhadores empregados, domésticos e trabalhadores avulsos.
TABELA DE CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS EMPREGADO,
EMPREGADO DOMÉSTICO E TRABALHADOR AVULSO,
PARA PAGAMENTO DE REMUNERAÇÃO A PARTIR DE 1º DE JANEIRO DE 2012

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Cursos para Fevereiro

Trabalhador na Administração de Empresas Agrossilvipastoris - inclusão digital - básico 16 h - dia 06 e 07/02

Trabalhador na Administração de Empresas Agrossilvipastoris - inclusão digital - avançado 24 h - 08 ao dia 10/02

Qualidade de Vida - idosos 10/02

Trabalhador na Operação e na Manutenção de Colhedoras Automotrizes - regulagem de colhedoras automotrizes - intermediário (colhedora) 14 e 15/02

interessados favor ligar 44-3543-1894 ou 91424366

sábado, 7 de janeiro de 2012

Meteorologistas preveem 2012 entre os 10 mais quentes desde 1850


Este ano pode se tornar um dos dez mais quentes desde 1850, com temperaturas globais quase 0,5 grau Celsius mais elevadas que a média registrada no período 1961-1990, afirmou o Departamento de Meteorologia da Grã-Bretanha.

O Met Office e a Universidade de East Anglia divulgaram no mês passado dados preliminares mostrando que 2011 foi o 11º ano mais quente já registrado, 0,36 grau Celsius acima da média de longo prazo aferida entre as décadas de 1960 e 1990, que foi de 14 graus.

Os meteorologistas previram que em 2012 o desvio acima da média será de 0,48 grau, com uma margem de erro de 0,14 grau para mais ou menos.

"Em 2011, vimos um fortíssimo La Niña (fenômeno climático caracterizado pelo resfriamento das águas no Pacífico equatorial), que pode resfriar temporariamente as temperaturas globais."

"O La Niña voltou, e embora não seja tão forte quanto no começo do ano passado, ainda assim deve influenciar as temperaturas, (e) esperamos que 2012 seja ligeiramente mais quente do que no ano passado, mas não tão quente quanto 2010", disse Adam Scaife, chefe do departamento do Met Office que realiza previsões de longo prazo.

O Met Office disse que suas cifras relativas a 2011 foram parecidas com as publicadas pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), que estimou a temperatura do ano passado em 0,41º grau acima do normal.

A OMM considera que 2010 foi o ano mais quente já registrado, e todos os 12 anos mais quentes da história foram entre 1998 e 2011. O Met Office também inclui 1997 entre os 12 mais quentes.

As estimativas da OMM se baseiam em dados do Met Office, do Centro Nacional de Dados Climáticos dos Estados Unidos e do Instituto Goddard de Estudos Espaciais, da Nasa.

Fonte: Reuters

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Reserva Legal: Prazo para averbação é prorrogado até 11 de abril de 2012

 
O decreto nº 7640 que prorroga novamente a vigência do artigo 55 do decreto 6514 entrou em vigor nesta segunda-feira (12). O artigo 55, que já foi alvo de vários adiamentos, refere-se a averbação da reserva legal - contida no programa Mais Ambiente - e foi prorrogado por  mais 120 dias, até o dia 11 de abril de 2012.

Apesar da preocupação dos produtores quanto a isto, o artigo tem uma nuance atenuante. Os parágrafos 4º e 5º dizem que o conteudo (caput) é inimputavel quando a responsablidade pelo atraso for derivada de atos ou omissões do Poder Público, que é o caso da falta de consecução para a realização do georreferenciamento sem o qual o cartório não faz a averbação.

fonte:canalrural

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Código Florestal

A votação do novo Código Florestal brasileiro na Câmara dos Deputados ficou para os dias 6 e 7 de março de 2012. O anúncio foi feito pelo deputado federal Luiz Carlos Heinze (PP-RS) pelo Twitter, que também informou que o relator do projeto será o deputado Paulo Piau (PMDB-MG).
O acordo da Frente Parlamentar da Agropecuária com os líderes dos partidos foi finalizado há pouco. "Até defendia a votação do Código Florestal neste ano. Mas com o acordo de hoje teremos mais prazo para corrigir o texto e trazer tranquilidade aos produtores", disse Heinze também pelo Twitter.
Clique no link abaixo e confira o relatório completo do Código Florestal aprovado no Senado no dia 6 de dezembro:
O principal fator que adiou a votação para este ano foram as alterações propostas pelo Senado ao texto do novo Código. Como informou nesta terça-feira o deputado federal Moreira Mendes (PSD-RO), presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, eram 12 pontos de divergência entre os deputados e até a tarde de hoje, havia um consenso e um acordo para apenas 10 deles. 
Entre os pontos mais polêmicos, ainda está a atividade em áreas consolidadas e também a situação dos pequenos produtores. Por conta disso, alguns artigos serão suprimidos na votação na Câmara, como afirmou Heinze, para que os ajustes possam ser feitos.

fonte: canaldoprodutor

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Ano novo -positivo ou negativo para o campo ?

Após atingir resultados recordes em alguns de seus principais indicadores em 2011, o agronegócio brasileiro prepara-se para um ano "menos positivo". As rachaduras na economia do mundo desenvolvido e seus reflexos em países emergentes, na demanda global por alimentos e nos preços das commodities tendem a provocar a desaceleração do ritmo de crescimento do setor no país. Mas, de acordo com analistas, produtores, agroindústrias e governo, nada capaz, no cenário atual, de impedir novos avanços em 2012, ainda que em menor velocidade.

E os números que poderão ser superados são expressivos. A colheita de GRÃOS da safra 2010/11, por exemplo, somou 163 milhões de toneladas, segundo a COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO (CONAB), quase 10% mais que em 2011/12. Isso apesar de a área plantada ter aumentado "apenas" 5%, para 50 milhões de hectares. O valor bruto da produção (VBP) agropecuária, conforme estimativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), ultrapassou R$ 318 bilhões no ano passado, 8% acima de 2010.

As exportações do agronegócio, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pelo Ministério da Agricultura, chegaram a US$ 87,6 bilhões de janeiro a novembro, 24,4% mais que em igual intervalo de 2010 - e cerca de US$ 5 bilhões embarcados em dezembro ainda vão entrar na conta. Nesse contexto, o Produto Interno Bruto (PIB) do setor, incluindo todos os elos das cadeias produtivas, é calculado pela CNA em R$ 823 bilhões em 2011, um incremento de mais de 6% na comparação com o ano anterior.

Recordes no ano passado, a safra de GRÃOS, o VBP, as exportações e o PIB do setor podem até não crescer em 2012, mas continuarão polpudos. Apesar de a área plantada com GRÃOS ter aumentado em quase 530 mil hectares nesta safra 2011/12, a CONAB estima, por enquanto, que a colheita será cerca de 3 milhões de toneladas menor, em virtude de adversidades provocadas pelo fenômeno climático La Niña em lavouras de algumas áreas de produção, notadamente na região Sul.

Atualmente, as maiores ameaças pairam sobre o milho gaúcho, mas ainda é cedo para afirmar que a previsão da CONAB será confirmada ou se quem aposta em aumento da produção está certo. Apesar de a queda dos preços das commodities agrícolas no mercado internacional ter se acentuado em dezembro, a ponto de produtos como algodão, soja e milho terem encerrado o mês passado nos mais baixos patamares de 2011, boa parte da colheita de GRÃOS - que já está começando em Mato Grosso - foi negociada antecipadamente, a cotações melhores.

Conforme o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), vinculado à federação da agricultura e pecuária do Estado (Famato), até setembro, quando as cotações começavam a perder sustentação na bolsa de Chicago, 48% da produção de soja de Mato Grosso, o maior produtor do país, já havia sido comercializada. As antecipações perderam força com a queda dos preços, mas em novembro mais da metade da safra estava negociada e "hedgeada".

As vendas antecipadas de algodão também foram expressivas no país - quase 40% da futura colheita nacional está vendida, conforme a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) -, mas já com valores menores que os de 2010. Depois de atingirem máximas em 140 anos em Nova York entre o fim de 2010 e o início de 2011, os preços do algodão entraram em queda livre. Daí porque nesta cadeia produtiva talvez estejam concentradas as maiores preocupações em relação às próximas temporadas.

De modo geral, o temor maior envolve as exportações. Beneficiado pelo crescimento dos emergentes, principalmente a China, o campo brasileiro passou como um trator sobre as ervas daninhas oriundas da crise deflagrada pela quebra do banco americano Lehman Brothers, em setembro de 2008, e teve duas temporadas extremamente rentáveis na sequência, ajudado pela pujança de seus embarques.

Com o aprofundamento da crise europeia nos últimos meses e a cambaleante situação americana, contudo, reflexos negativos já são sentidos em emergentes e um crescimento menor da demanda do grupo é dado como certo. Se de fato isso acontecer, os efeitos negativos sobre volumes e preços de venda serão inevitáveis, restando aos exportadores ampliar a comercialização no mercado doméstico. Nesse quadro, as rentabilidades seriam menores, mas há confiança de que o consumo interno seguirá forte.

Em 2011, o mercado doméstico foi fundamental para os resultados de alguns segmentos. Nas carnes, que enfrentaram barreiras na União Europeia e na Rússia, o consumo interno colaborou para manter a pecuária aquecida e ofereceu alternativas aos grandes frigoríficos. Estes, contudo, como ocorreu com agroindústrias de outros ramos, tiveram que conviver com margens apertadas em função da valorização das matérias-primas e esperam que 2012 seja mais remunerador.

Mas os riscos serão maiores. E eles não estão apenas no comércio exterior, cujas sombras há tempos despontam no horizonte. Como já ressalvaram diversos analistas, uma desaceleração maior que a prevista pode quebrar as pernas de produtores e empresas que vêm registrando crescimentos acelerados nos últimos anos, especialmente os que o fizeram por meio de aquisições, de terras ou concorrentes.

Em 2011, mesmo com os recordes observados, o megaprodutor mato-grossense Otaviano Pivetta, por exemplo, teve de unir forças com a Brasil Ecodiesel para dar prosseguimento a sua expansão, já que suas dívidas eram crescentes. A Marfrig, uma das maiores empresas de proteínas animais do país, também viu suas ações na BM&FBovespa caírem em meio ao incremento de custos e à necessidade de capital de giro, ao mesmo tempo em que seu nível de endividamento passou a ser mais questionado por analistas.

É de se esperar problemas em 2012. Produtores de algodão que obtiveram lucro líquido de até R$ 4,5 mil por hectare na safra 2010/11 terão margens menores, assim com as da soja poderão ficar em 2011/12 abaixo de R$ 800 a R$ 1 mil em 2011/12, patamar "normal" no ciclo passado. Mas, capitalizados, têm à disposição ferramentas para proteger financeiramente seus negócios e continuar a avançar. Esperar o pior e tentar buscar crédito com urgência na praça, nesse contexto, não será uma boa saída, tendo em vista a tendência de enxugamento da liquidez no mercado.

"O cenário pode piorar um pouco, mas os produtores estão escaldados. [Ainda assim], os investimentos nas lavouras podem diminuir", diz a economista Amaryllis Romano, da Tendências Consultoria Integrada.

A concorrência por terras agricultáveis tende a ficar mais acirrada a partir das regras de proteção ao ambiente previstas no novo Código Florestal, em fase final de discussões, e da normatização das compras de terras por estrangeiros no país, que não avançou em 2011 e paralisou transações e investimentos. Além disso, empresas de produção agrícola como a SLC e a própria Brasil Ecodiesel - rebatizada como Vanguarda Agro e palco de uma disputa entre seus principais acionistas (Pivetta e Veremonte, do financista espanhol Enrique Bañuelos) - seguem de olho em oportunidades para crescer.

No momento, a maior parte das projeções indica manutenção ou crescimento de até 2% do PIB do agronegócio em 2012. Especificamente na agropecuária, o Banco Central trabalha com uma expectativa de avanço de 2,5% do PIB. Mesmo o segmento sucroalooleiro, que teve muitos problemas no ano passado por conta de uma forte quebra na safra de cana, prevê dias melhores, ainda que insuficientes para turbinar um novo ciclo de expansão.

É preciso aguardar os rumos da crise nos países desenvolvidos e o próximo Plantio no Hemisfério Norte, em meados deste ano, para prever o que poderá acontecer na próxima temporada de GRÃOS (2012/13). Também as ferramentas do governo para apoiar a produção, como crédito rural com juros baixos, subsídios ao escoamento das colheitas e linhas de crédito do BNDES dependerão de um orçamento federal mais apertado. Mas depois dos resultados de 2011, quando até o pagamento de dívidas agrícolas foi antecipado, o setor julga-se preparado para um ano "menos positivo".

fonte:http://www.linearclipping.com.br