Dois dias depois de o Japão ter reconhecido oficialmente a carne suína
produzida no estado de Santa Catarina como livre de febre aftosa, representantes
do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) visitaram o país
para negociar os requisitos e o Certificado Sanitário Internacional (CSI) que
irá amparar a exportação de carne suína de Santa Catarina para o mercado
japonês.
A delegação brasileira – composta pelo secretário de Defesa Agropecuária,
Enio Marques, e pelo secretário de Relações Internacionais, Célio Porto –
participou de uma reunião com a vice-ministra do Ministério da Agricultura,
Pesca e Florestas (MAFF) do Japão, Hiroko Nakano, nesta quarta-feira, 29 de
agosto, em Tókio. A representante do MAFF prometeu que será feito um esforço
para concluir o processo dentro de 60 dias. Segundo ela, uma missão de nível
ministerial, incluindo empresas exportadoras, deverá visitar o Brasil em
novembro ou início de dezembro para formalizar os primeiros embarques.
“O início das exportações de carne suína para o Japão significará a
abertura do maior mercado importador do planeta para um determinado tipo de
carne (suína, no caso). Será um passo crucial para consolidar as relações
comerciais entre o terceiro maior exportador de produtos agrícolas e o quarto
importador”, declara Porto.
Os secretários também conversaram sobre a criação do Comitê Consultivo
Agrícola (CCA) Brasil-Japão que se reunirá periodicamente para discutir as
pendências de interesse bilateral. Além de o Japão ser o principal importador de
carne de frango do Brasil, o país é um importante comprador de café brasileiro.
Em relação ao grão, os dois governos negociam a fixação de novos limites de
resíduos de Flutriafol, um defensivo aplicado para controle de
ferrugem.
Fonte: Mapa
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