O relatório revela mais
uma vez que a soja não é um vetor relevante no desflorestamento do bioma
Amazônia. A partir do monitoramento com o uso de imagens de satélites dos
desflorestamentos realizados desde o início da Moratória da Soja, em 2006, para
detecção de possível cultivo de soja e posterior validação por meio de sobrevoo,
identificou-se a presença de soja em 18.410 hectares (ha) desflorestados. No
período avaliado (2006-2011), foram desflorestados 4,51 milhões de ha em todo o
bioma Amazônia, dos quais 3,47 milhões de ha (77%) se encontram nos três estados
monitorados – Mato Grosso, Pará e Rondônia. Os 58 municípios monitorados são bem
representativos, pois respondem por 98% da área plantada com soja no bioma
Amazônia.
De acordo com o relatório, a área de soja corresponde a 0,41% de todo o
desflorestamento, ou 0,53% do total aberto nos três estados produtores de
soja.
Compromisso cumprido - A Moratória da Soja completou cinco anos de trabalho
árduo pela conciliação entre a produção de alimentos e a conservação do meio
ambiente. As indústrias e os exportadores associados à ABIOVE e à ANEC –
Associação Nacional dos Exportadores de Cereais cumpriram por mais um ano o
compromisso de não adquirir soja oriunda de áreas desflorestadas no bioma
Amazônia. As empresas participantes da Moratória são auditadas anualmente sob a
supervisão das organizações da sociedade civil para comprovarem que honraram o
compromisso.
5 anos de parceria com a sociedade civil - O Grupo de Trabalho da Soja
(GTS), formado originalmente pela ABIOVE e ANEC, empresas associadas a essas
duas entidades e por organizações da sociedade civil - Conservação
Internacional, Greenpeace, IPAM, TNC e WWF-Brasil -, conquistou a adesão do
Ministério do Meio Ambiente (MMA) e do Banco do Brasil ao longo do
processo.
O GTS ganhou uma importante contribuição técnico-científica com a
participação do INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, para detectar
a presença de culturas agrícolas em áreas desflorestadas a partir da
interpretação de imagens de satélites.
As informações utilizadas no monitoramento tiveram como contribuição,
também, as bases de dados da FUNAI, do IBAMA, IBGE e IMAZON.
Sobrevoos e identificação de áreas pré-selecionadas - A empresa Geoambiente
Sensoriamento Remoto Ltda. foi contratada para sobrevoar e identificar as áreas
selecionadas previamente pelo INPE. Para consolidar as informações do sobrevoo,
também foram realizadas visitas a todas as propriedades rurais com presença de
cultivo de soja
fonte: noticiasagricolas
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